Agora mesmo, no carro, trazendo as crianças da escola, surgiu a conversa que transcrevo abaixo. Eliminanei os nomes citados para evitar o constrangimento de receber um processo…
– Papai, você votou em fulana? – Perguntou uma das minhas filhas.
– Votei, filha… – respondi.
– E em ciclana? – Perguntou a outra.
– Não, nessa não… – respondi
– E prá presidente? – Perguntou o meu filhote.
– Nesse eu votei em (…) – Respondi.
– Mas papai, perguntou a primeira, como é que você escolhe?
– Eu procuro algum candidato, ou candidata, que eu conheça, que seja honesto e correto. – respondi.
– Fulana é honesta e correta? Tornou ela a perguntar, todos interessadíssimos na resposta…
– Não sei filha! – respondi.
– Mas se você não sabe, como é que você votou nela? Perguntou a segunda com uma voz bem fininha.
– Por que o candidato opositor, eu sabia que não prestava e, eu não tinha opção. -respondi…
– Mas papai, a opção que você tinha era não votar em nenhum ou votar nulo… atacou a primeira.
– É verdade, mas se eu fizesse isso o outro ganhava.
– Mas se você pensava que os dois não eram corretos e honestos, como é que você escolheu? Voltou a mais velha, com apoio dos outros 3. Até a mais nova, de 5 anos, estava completamente interessada na conversa e disse: – É, papai, como é que escolhe?
– Ué, nem sempre temos a opção que desejamos, mas precisamos escolher a opção que pensamos que irá causar menos prejuízo!
– Não entendi, papai… como é que é?
Parei uns segundos pensando em usar palavras que eles entendessem… mas como? Não sabem o que é corrupção, falcatruas, nem o que é política… até que chegou a resposta:
– Filhotes, imaginem que vocês só tenham dois caminhos para escolher e que não podem parar na estrada para esperar que apareça um caminho melhor. Um caminho tem cheiro de “cocô” e o outro tem cheiro de “suvaco” qual é o que vocês escolheriam?
Comente ou vou pensar que a coisa é pessoal mesmo!